sexta-feira, 14 de junho de 2013

O Amor não é eterno.



O Amor romântico, eterno, incondicional, pode ter recebido um golpe mortal da ciência no inicio deste ano. Quem afirma é uma psicóloga norte-america Dra. Barbara Fredrickson, diretora do Laboratório de Emoções Positivas e Psicofisiologia da Universidade da Carolina do Norte, em Chapel Hill (EUA). 



No seu livro, best-seller Love: 2.0, afirma: Como nossa emoção afeta tudo que sentimos, pensamos, fazemos, e nos tornamos. 



Em primeiro lugar, ressalta Barbara, o amor não é o que gostaríamos que fosse. 



Trata-se de uma emoção, e emoções não duram para sempre. Ninguém vive permanentemente com raiva ou com medo. 


O Amor não é uma emoção duradoura e continuamente presente, que sustenta por ex. um casamento, "para Sempre", nem a ansiedade da paixão juvenil ou o vínculo de sangue do parentesco. 

Tampouco existe um amor individual, autônomo, isolado, pois a conexão com o outro é fundamental para a deflagração fisiológica do seu processo. 

O Amor não conhece fronteiras, afirma a autora. 

As evidencias sugerem que quando você tem um clique com alguém, uma sincronia momentânea, mas discernível, emerge entre os dois, conforme os gestos, a bioquímica e as descargas neurais, se espelhando um no outro em um padrão, que denomina: "Ressonância de Positividade". 

Em termos fisiológicos, o amor não dura minutos.

Esse ato desempenhado por dois cérebros, não dura frações de segundo... trata-se de "micromomentos de positividade"...explica.

Fluxos de emoções positivas que podem ser compartilhados com outra pessoa, qualquer pessoa, com quem nos conectamos ao longo do dia. 

Podemos experienciar momentos e amor com nossos parceiros românticos, os filhos, ou amigos. Podemos nos apaixonar, embora momentaneamente, por candidatos (as), ao longo do dia... um colega de trabalho um pessoa qualquer.

Pensar no amor puramente como romance, ou compromisso compartilhado com uma pessoa especial, certamente limita a alegria e a saúde derivadas do amor, afirma Barbara. 

O Golpe fatal: “A idéia do Amor eterno como paixão eterna, não evanescente, ou seja, que não acaba nunca é um mito e uma impossibilidade biológica". 

Explica a autora: “Neurônios espelhos disparam quando um animal pratica um determinado ato ou observa outro fazendo o mesmo". " Estudos indicam que os neuronios-espelhos disparam em frações de segundos de diferença entre quem inicia a ação o parceiro(a), simultaneamente"

É um micromomento de amor, define Barbara.

Tem também os hormônios oxicitocina, responsável pelo afeto, estimulando a pessoa a se sentir confiante e aberta entrar em conexão. 

Segundo Barbara, as pessoas que praticam meditação também produzem "Ressonância de positividade", e podem vivenciar momentos de amor, embora a intensidade não seja a mesma, e ainda muitos contatos simples do cotidiano geram micromomentos de amor e acarretam efeitos positivos. 

Partilhar uma história boba, ter orgulho do companheiro (a), dizer obrigado(a), com sinceridade constituem microinjeções de reforço que mantêm saudáveis a nós e aos nossos relacionamentos. 

Cultivar micromomentos de amor diariamente, sintonizando-se e conectando-se não só com as pessoas próximas, mas também com aquelas com que interagimos. Promover esses momentos como algo importante na vida diária e priorizar, é uma recomendação da autora, pois não só há ganhos emocionais, como em saúde também. 

Assim vamos espalhando bem-estar e saúde, as pessoas sentem ao redor, à medida que você induz o amor, o outro também consegue, e não apenas cultivando-o para si mesmo. Conclui a autora.



Fonte: Revista Planeta, ed. 488. Junho 2013 pg 30/32. (obs: Tirei partes do texto, conforme a autora descreveu, sem modificações).






Como disse Sócrates: “Só sei que nada sei”

É a neuro-ciência tentando explicar ou acabar com o sonho do Amor. Muito se tem escrito em todas as épocas a respeito do amor, canções, poemas, poesias, livros, filmes, tudo aparentemente já foi dito, por várias abordagens essa da neurociência não tinha visto ainda. 
Só falta senti-lo, não confundir ter amor com Ser Amor. Ao que parece poucas pessoas no mundo conseguiram SER O AMOR. 



Dr. Flavio Gikovate, grande psicanalista faz uma distinção entre Amor e Sexo, Amor se sente e Sexo se faz o defende a tese que fazer os dois ao mesmo tempo com a mesma pessoa, Amor Romântico de Fusão é uma tarefa impossível. Diz ainda que o Amor é um sentimento negativo, pois resulta daquilo que nos falta, de um vazio interior, por isso estamos buscando a outra metade. Já o sexo um sentimento positivo, pois não falta nada, se faz e pronto. 



Muitos autores defendem a idéia que Amor tem tipos, Amor Platônico, Romântico, Incondicional, de Deus, de Jesus, de Humanos, Amor Bandido,Amor Cortez e por ai vai.. Amor até que morte enfim nos separe, como diz prof. Pondé, no café filosófico cpflcultura


Regina Herzog se refere ao Amor como forma de compromisso nos dias de hoje, e faz uma distinção entre estar e ficar. Que garantias você pode ter que uma relação de certo? Não tem garantias...a grande questão é assumir isso, e ainda assim apostar na relação..Todos nós temos uma definição de Amor, no entanto não existe consenso com relação a essa definição pra cada um o Amor é pensado, visto e sentido de uma forma diferente, fala-se do Amor através de metáforas. Tem amor para todo gosto. Platão fez uma obra antes de Cristo que se trata “Banquete” que descrevia os tipos de Amor dos convidados, daí o Amor Platônico. 

Hoje não tem forma de Amor, cada um tem que inventar a sua. 


Há outros que dizem que com o Amor compromisso, vem também com sua parte negativa o ciúme, posse, propriedade, apego, medo de perder, de faltar, de acabar etc.

O assunto é extenso tem opiniões controversas, divergentes e convergentes. 

Só sei que o Amor é Lindo, quando se sente, enquanto se sente, e é Eterno enquanto dura. Minha opinião. 



Prof. Luis Figueiredo.


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