sexta-feira, 14 de junho de 2013

Resumo de trabalhos científicos sobre o magnésio.

Deficiência de magnésio e artrose.
A síntese de proteínas exige certa concentração de magnésio no interior da célula. A artrose é um problema ligado a regeneração da cartilagem e, por conseqüência, produção de proteínas (colágeno, e elastina) e de mucopolissacarídeos.

Todos os pacientes em estudo sofriam de uma usura do esqueleto, apresentando sempre uma severa ou mediana deficiência de magnésio e acompanhando esta carência uma certa deficiência de proteínas (LAGUSTICIA & BERGASA, 1981).


A determinação de Ca++, Mg++, Na+ e K+ . em vários alimentos comuns, com especial atenção a perda parcial desses elementos pelo cozimento 
 Segundo Lucker et al. (1985), o objetivo deste estudo foi investigar a influencia do teor nos referidos cátions, no processamento do preparo alimentar, como cozimento, refrigeração, etc.

Diante do grande número de resultados obtidos, o trabalho ainda não foi completado, mas foi detectado que a perda da daqueles cátions, pelo cozimento é considerável.

O magnésio na nutrição humana
 Este artigo de Bergmann & Ziegenheiner (1986) dispõe de pesquisas no campo da medicina veterinária a respeito da tetânia do gado, carência alimentar de magnésio, que foi controlada nos últimos anos.
Da mesma forma com relação ao homem a pesquisa mostrou que a carência do magnésio na alimentação, ou por uso de medicamentos (diuréticos), resulta na Síndrome da Deficiência de Magnésio. Esta síndrome, segundo Bergmann & Ziegenheiner (1986), pode ser curada com medicamentos a base de magnésio. Contam ainda, ser muito importante realizar um estudo pra enriquecer alguns alimentos básicos com algum composto de magnésio (o trigo e o sal de cozinha).

 Modulação do fluxo de cálcio nos neurônios por meio do magnésio.
 A ativação de uma célula nervosa se dá por um influxo de cálcio dentro do neurônio. Neste estudo de Schuber (1986), evidenciou-se que tal fluxo de cálcio está envolvido na regulação da função e do metabolismo do neurônio, em que, sob condições patológicas, um super acúmulo de cálcio acontece, causando fatores capazes de levarem estas células a morte.
A quantidade desses íons de cálcio que entram para responder ativação neurônios é muito dependente da presença extracelular de magnésio. De outra parte, o referido fluxo de cálcio é modulado pela nucleosida adenosina, a qual também depende de íons de magnésio. Todas estas pesquisas foram realizadas com ratos, em laboratórios.

 O magnésio na diminuição da sensitividade da angustia e do medo.
 Segundo Hope (1986), experiências práticas com tratamento magnesiano mostraram alivio do “medo”. Foi verificado que o íon magnésio é apto a fortificar e prolongar os efeitos de analgésicos e da morfina. O magnésio pode ajudar a diminuir o perigo do habito dos referidos usos.
De acordo com Hope (1986), tratamentos com sais de mangnésio, com sucesso, foram conseguidos no alivio do “medo”. Publicação do autor, em 1979, mostrou que houve redução do “medo” em casos de enfardo agudo do miocárdio.
Na sinapse, o magnésio em influencia nas regiões do sistema nervoso periférico. O magnésio, dizem os autores, é um analgésico com dupla efetividade psicossomática. No sistema neurovegetativo, influi na irritabilidade. Uma terapia na base de magnésio baixa o referido medo de origem somática, psíquica e psicossomática (HOPE, 1986).

 O magnésio na terapia dos distúrbios do sono e excitabilidade vegetativa.
 Segundo Ziskoven (1986), fatores como os distúrbios do sono, quando somados a exageradas reações com estresse e excitabilidade, são denominados Síndrome Psicovegetativa. Geralmente, tais pacientes apresentam alta pressão instável e sintomas cardíacos.
Neste estudo, 36 pacientes com esses sintomas foram submetidos a um medicamento denominado Magnerot à base de magnésio. Todas as observações referentes ao sono foram feitas, como comportamento, duração, entre outras. Após 3 semanas de tratamento, um significativo resultado positivo foi registrado. A interrupção do sono foi diminuída em 50% apresentando maior relaxamento (ZISKOVEN, 1986).

Suplementação do magnésio na gravidez
 De acordo com a Spläting et al. (1986), foi observada a influência do íon magnésio na contração prematura, e ainda a menor incidência de ruptura da membrana.
Para provar a verificação afirmada, foram estudadas 568 mulheres em gestação, após o quarto mês de gravidez. Receberam 15 mmol/dia de cloridrato de aspartato de magnésio 437 mulheres, inclusive outras tantas usadas com o placebo. O suplemento do magnésio durante a gestação apresentou uma sugestiva influencia de não enfraquecimento das mães e filhos, antes e depois do nascimento (SPÄTLING et al., 1986).
Os resultados desse estudo recomendam uma forte suplementação de magnésio durante a gravidez.

Um estudo-piloto sobre a determinação do magnésio no tecido do sistema nervoso central.
 Segundo Yasui et al. (1986), o magnésio representa um papel importante no sistema nervoso central, com a participação do cálcio. Há varias evidencias da contribuição do cálcio no processo degenerativo do tecido do sistema nervoso central, tais como a esclerose, amitrofia lateral, doença de Parkinson, e outras.
Nestas pesquisas, os autores examinaram o conteúdo em magnésio, nos referidos tecidos, com relação ao Mal de Parkinson, em casos do Mal de Huntington e cinco casos não neurológicos como padrão. Nos casos das doenças de Parkinson e de Huntington, foram encontrados menores teores de magnésio em comparação ao controle.
Os resultados foram os seguintes:

  • Parkinson 336+/-124ppmm;
  • Huntington 451+/-184ppm;
  • Controle 548+/-116ppm.

Também o teor de magnésio na área subcortical nos referidos pacientes foi sensivelmente menor, uma vez que, enquanto o controle acusava 601+/-80ppm, para o Parkinson o resultado foi de 309+/-111ppm e para o Huntington 460+/-105ppm (YASUI et al., 1986).
  
Interação entre o magnésio e as drogas no tratamento da hipertensão.
 Segundo Leary (1987), os medicamentos anti-hipertensivos podem causar um efeito prejudicial sobre o coração, provocando carência de magnésio, ou ainda diminuição do influxo do referido íon através do sarcolema. Os diuréticos usuais, tais como Captopril, provocam hipermagnesiuria. Certos inibidores do íon cálcio interferem na penetração do íon magnésio no miocárdio.
Doses únicas de diversos diuréticos, como por exemplo, 5 mg de coplamida, 100mg de clortadilone, 25 ou 50 mg de hidroclorotiazida ou ainda 5, 10 ou 20 mg de xipamida ou 40 mg de furosemida, aumentam significativamente a excreção urinaria do magnésio em controle de 24 horas (LEARY, 1987).
O autor afirma ainda que os mecanismos desta hipermagnesiuria (perda de magnésio) pela ingestão dos referidos diuréticos podem implicar o parathormônio e no sistema renino – angiotensivo – aldosterona,um déficit de magnésio pode constituir um fator de risco coronário.
Leary (1987) recomenda, nestes casos, um suplemento de magnésio.

 A influencia do magnésio sobre a excitabilidade neuromuscular dos esportistas.
 Segundo Bohmer et al. (1982), quando examinados neurologicamente, 24% dos homens e 30% das mulheres esportistas mostraram  superexcitabilidade neuromuscular. Os percentuais mais elevados foram encontrados nos adolecentes abaixo de 20 anos de idade.
Na determinação dos níveis de  cálcio e de magnésio no soro e estabelecendo um balanço no nível do magnésio excretado na urina, ficou constatado que 78% dos esportistas masculinos e 87% dos esportistas femininos apresentaram desequilíbrio eletrolítico como causa de superexcitabilidade (BOHMER et al., 1982).

 Efeitos do magnésio  e dos fluoretos na resistência e na elasticidade dos ossos dos ratos.
 Foram estudados por Beary et al. (1981) os efeitos dos ions magnésio e fluoretos sobre as propriedades físicas do fêmur dos ratos.
Dois grupos de ratos demamados, à razão de 32 por grupo, receberam em regime, doses diferentes de magnésio. O grupo I recebeu água deionisada para beber e o grupo II, 10 ppm de fluoreto na água deionisada.
Cada grupo foi divido em 4 subgrupos, cada um recebendo cada vez dose maior de magnésio. Os subgrupos que receberam de 1200 a 2400 ppm de magnésio e 10 ppm de flúor formaram fêmures com a resistência e flexibilidade muito elevadas (BEARY et al., 1981).

 O magnésio na medicina preventiva.
 Os autores Aleksndrowicz et al. (1981) verificaram que 70% do solo polonês é deficiente em magnésio.
Comentaram no referido trabalho, que o número distúrbios ligados a hipomagnesiemia é grande, destacando-se a morte súbita de crianças, arteriosclerose, perturbações metabólicas e psíquicas.
Resolveram realizar um trabalho profilático não somente provendo diretamente os pacientes em magnésio, como também sugerindo adubações do solo com calcário dolomitico (contendo até 20 % de MgO)  e também descobrindo fontes de águas minerais magnesianas.
Confirmaram, nesse trabalho, os levantamentos já realizados pelo doutor Favier, com relação à incidência maior do câncer e de leucemia quando os solos são pobres em magnésio.

Fonte Livro: "O Magnésio na saúde" Reinaldo Spitzner,  Ed. Champagnat 1999.

Parte da monografia elaborada a partir de revisão bibliográfica, apresentada à Faculdade de Ciências da Saúde de São Paulo- FACIS, como exigência para obtenção do titulo de especialista em Quiropraxia.
“Saúde das Articulações Nutrição Articular e Quiropraxia”.
Dr. Luis Figueiredo - quiropraxista ANQ 015/011 - São Paulo 2010



Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe sua contribuição como comentário seja bem vindo!